quarta-feira, 13 de abril de 2011

segunda-feira, 23 de março de 2009

Quem me conhece sabe que estou para mudar de vida... E com as mudanças, sempre temos receio do novo. Mas meu "novo" é "antigo"... Voltar para casa... Esse texto traduz absolutamente tudo que estou passando, passei e irei passar. Fernando Pessoa é realmente brilhante. Tiro meu chapéu para ele...

Eis o texto:

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar.Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te :
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão!

Fernando Pessoa

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

...Mas o Orkut não me deixa!

Depois de anos a fio no Orkut, resolvi deletar minha conta. Só que eu não sabia dos riscos e perigos em apagar. Deletei junto a lista dos aniversários dos meus amigos, deletei absolutamente tudo relacionado ao meu convívio. E quem disse que alguém queria me passar um e-mail? "Quem manda deletar o Orkut?" Bem feito pra mim. Em fevereiro uma grande amiga fez aniversário, mas deixei passar, porque não tinha o Orkut para me confirmar isso. Perdi aquela festa, porque não fui alertado da mesma, sem o maldito Orkut. Deixei até de bisbilhotar a vida daquela menina que estava traindo o namorado com outro... Deixei... Deixei muita coisa passar sem o Orkut... Tô de volta, com uma nova conta e adicionando TODO MUNDO "de volta novamente". Saco, hein?!

domingo, 9 de novembro de 2008

Natal?! Já?

E mal entramos em Novembro e o espírito natalino chega com tudo, 
como se já fosse véspera de Natal. Os shoppings estão decorados com festões, pisca-piscas, lamê dourado, lantejoulas, glitter e todo aquele exagero de traquitanas produzidos na China já foram despejados pela cidade, incomodando nossa visão. O pior de tudo isso é que quando chega a verdadeira época de festas - final de Dezembro - todos já estamos saturados do tal espírito natalino. Gosto muito da época de festas, de celebrar, de projetar coisas boas e de desejar o bem (a quem bem merece, é claro), mas ter os sentidos bombardeados massivamente, cansa. E dê-lhe Simone cantando sua versão brasuca pra Happy Christmas, do Lennon. Argh! Claro que toda essa promoção precoce ocorre para que o comércio venda mais, cada vez mais. Mas daí eu não entendo uma coisa. Quem diabos compra presente de Natal um mês antes? Quem guarda presentes por tanto tempo? O Velho Noel que sequer existe, ou melhor, mora nas carteiras daqueles que podem arcar com a sua chegada? Se o Natal é a celebração do nascimento de Cristo, até o próprio deve ficar incomodado com tanta divulgação para a festa, faltando mais de um mês para o evento. Mas também, quem é que lembra dele quando o importante da festa está em dar e receber presentes, gastar, gastar, comprar, comprar. 
É, e Jesus foi barrado na própria festa.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O robô romântico

Hoje darei espaço a uma crítica extraída (descaradamente) da revista Veja desta semana. Isabela Boscov escreve sutilmente sobre Wall*E, filme o qual pretendo assistir o mais rápido possível.

"O inglês Alfred Hitchcock teve duas carreiras de imenso sucesso como mestre do suspense: a primeira, nos filmes mudos, e a segunda, a partir de 1929, nos sonorizados. Mas, em sua opinião (e ela não era uma opinião qualquer), poucos diretores entendiam (ou entendem) o que fazer com o recurso do diálogo – "fotografias de gente falando" era como ele designava o que eles faziam. Com isso, Hitchcock não se colocava contra os diálogos, que aliás escrevia primorosamente, mas sim contra o comodismo: já que é possível explicar algo por meio de palavras, por que se dar o trabalho de explicá-lo também, ou principalmente, por meio de imagens? Essa era a atitude que ele criticava. A Pixar, produtora que revolucionou a animação a partir de Toy Story e que sempre esteve determinada a permanecer na vanguarda, não pode em caso nenhum ser acusada de acomodação. E, com Wall-E (Estados Unidos, 2008), que estréia nesta sexta-feira no país, ela leva seu preceito de expressividade cinematográfica ainda mais adiante, na direção em que Hitchcock raciocinava. Fazendo de uma limitação antiga um desafio novo, o diretor Andrew Stanton, também de Procurando Nemo, joga fora os diálogos em toda a primeira parte do desenho, e em trechos razoáveis de sua metade final. Imagens, e alguns ruídos, são tudo de que ele dispõe para contar a história. O resultado é tão fabuloso que, quando finalmente um personagem abre a boca, o efeito – deliberado – é de estridência e cacofonia. Na história escrita pelo próprio Stanton, Wall-E é um pequeno robô-faxineiro, um de muitos deixados na Terra para dar conta das montanhas de lixo e substâncias tóxicas acumuladas pela humanidade – a qual é embarcada numa nave-cruzeiro, para vagar pelo espaço até que o planeta volte a se tornar habitável. Em vez de cinco anos, no entanto, a empreitada já dura 700; Wall-E é o único robô que ainda funciona, graças às peças que retira dos colegas quebrados. E, graças à imensa competência técnica e criativa da Pixar, em apenas alguns minutos de filme já se sabe que espécie de, digamos, pessoa ele é e o que pensa de seu exílio. Wall-E é jovial, dedicado, solitário porém resignado, atento ao pouco que sobrou de beleza em seu mundo e bom companheiro (uma baratinha, felizmente muito estilizada, mora com ele em seu refúgio cheio de luzes e bricabraques). É também essencialmente um romântico, que todas as noites revê Alô, Dolly! numa velha fita de videocassete e sonha que, um dia, sua vida seja como em um musical. Eventualmente, Wall-E ganha uma parceira – EVA, uma robô avançada, de formas suaves e temperamento explosivo, que, claro, não tem a menor idéia de que esse é o papel que Wall-E imagina para ela. EVA chega à Terra em missão ultra-secreta e consegue cumpri-la, o que acarreta sua volta imediata à nave-cruzeiro (com Wall-E a reboque) e uma revelação cômica, ainda que um bocado grotesca, sobre o destino da humanidade. Aí é que entram os poucos diálogos do filme: entre esses seres desarmônicos, que dependem da fala para se comunicar (sem necessariamente se entender, lógico). Wall-E e EVA precisam apenas de uns poucos ruídos (a cargo de Ben Burtt, criador também das vozes e sons dos andróides de Star Wars), de alguns gestos magníficos na precisão e na abrangência, e de seus olhos. Os de EVA são digitais, enquanto os de Wall-E são mecânicos e sujeitos a avarias; mas ambos produzem uma riqueza incalculável de nuances. De acordo com John Lasseter, que comanda a Pixar e dirigiu Toy Story e Carros, o olhar é a chave mestra de qualquer personagem de desenho e deve ser, portanto, o foco de toda a equipe de animadores. De todas as produções da Pixar até aqui, Wall-E é a primeira a ter uma "mensagem" explícita, e bem chegada ao conteúdo educativo. Como tal, ela não tem nada de particularmente brilhante ou revolucionário – em resumo, o filme quer ensinar às crianças que atulhar o planeta de lixo não é uma boa idéia. Traduzido em imagens, porém, esse ensinamento da cartilha ambiental ganha outra força: aquela silhueta imponente de uma megalópole que se vê a distância, e depois cada vez de mais perto, não é feita de edifícios, e sim de torres de lixo – um colossal ferro-velho, pacientemente compactado por Wall-E no decorrer de sete séculos de solidão, e que não adianta descrever. Ele foi feito para ver."

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Beber, Cair... Levantar?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está fechando cada vez mais o cerco contra a bebida. Que por sinal já vem muito tarde. Sabemos que o cigarro mata, que a campanha na mídia já saiu de circulação faz tempo e de que os índices de consumo estão baixando cada vez mais. E a bebida? Mata mais ainda. Segundo dados, 18 em cada 100 brasileiros adultos são dependentes de álcool, o hábito de beber entre crianças e adolescentes é cada vez maior, 75% dos acidentes fatais de trânsito são associados ao uso excessivo de álcool (em torno de 29 mil mortes por ano) e cerca de 40% das ocorrências policiais relacionam-se ao abuso de álcool. É impressionante como nossa cultura exalta o consumo. Para os homens é sinal de virilidade, de ser "macho". Para as mulheres é sinal de independência, liberdade. Já fui de beber sim, e muito... Mas em um determinado ponto, vi que aquilo não estava me fazendo bem. Resultado: parei de beber e estou na luta contra a propaganda de bebidas também. Propaganda gera consumo e somos altamente consumistas. Seja pelo impulso, seja pela mídia. Muitos não sabem, mas o álcool é classificado como uma droga psicotrópica que atua no sistema nervoso central, podendo causar dependência e mudança no comportamento. Como aquele seu tio que quando bebe fica alegre, beija todo mundo e fica "rico". Ou como também aquela sua amiga que quando bebe fica triste, chora e afoga as mágoas... E aquilo que você leu, não é para assustar não. O álcool é uma droga, como o LSD, a cocaína, a maconha. Pessoas dependentes do álcool podem desenvolver várias doenças. As mais frequentes são as doenças do fígado (esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose). Também são frequentes problemas do aparelho digestivo (gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite), no sistema cardiovascular (hipertensão e problemas no coração). Também são frequentes os casos de poli neurite alcoólica, caracterizada por dor, formigamento e cãibras nos membros inferiores. Por isso, amigo(a), pare de beber!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Dois pelo preço de um.

A novela Duas Caras chegou ao fim neste último sábado, dia 31 de maio, com um péssimo encerramento. Acredito que o pior final de uma novela em anos. Senti muita pena de Silvia (Alinne Moraes), pois ela não conseguiu matar ou ao menos deixar sequelas em Renato (Gabriel Sequeira), afinal, depois de tanto ódio e rancor, algo deveria ter acontecido com sucesso. E seu final em Paris? Que falta de originalidade! Fernanda Montenegro em Belíssima acabou do mesmo jeito... Inclusive na mesma cidade... E o famoso beijo gay? Acontece, não acontece... Depois da tentativa frustrada na novela América, a cena do beijo foi vetada mais uma vez! Detalhe: vocês repararam na tórrida cena de amor entre Ferraço (Dalton Vigh) e Maria Paula (Marjorie Estiano) um dia antes no Hospital? E Alzira no ínicio da trama e seu Pole Dance vetado de sensualidade? E ainda vetam um simples e "ingênuo" beijo (poderia ser um selinho, vai...) entre dois homens? Ah, faça-me o favor! E o sufocador então? Nenhuma penalidade, nenhuma razão... Apenas uma risada infeliz de Wolf Maia. Uma criança inocente com 2 pais e 1 mãe registrada em cartório... Isso é possível? Mas depois de tantos fatos ruins, surge uma única novidade; ponto positivo para o fanatismo religioso apresentado com perfeição e coragem de Aguinaldo Silva, mostrando a que ponto o excesso da fé pode chegar, mas esse tema prefiro discutir em algum futuro não muito distante deste blog. E quanto ao personagem principal? Torcia para que Ferraço se ferrasse, literalmente. Saudades de ótimas novelas como Tieta (1989), da mulher de branco ou da caixa de Perpétua... Saudades...